O CERVIM — Centro de Pesquisa, Estudos e Valorização da Viticultura de Montanha – organizou a 19.ª edição do Concurso Internacional de Vinhos de Montanha. O evento decorreu de 7 a 9 de Julho, em Courmayeur – Itália, e estiveram em prova 524 vinhos provenientes de diversos países europeus, nomeadamente Itália, Portugal, França, Espanha, Grécia, Suíça, Hungria, Alemanha e Luxemburgo, com o objectivo de “valorizar e premiar os vinhos de montanha, defendendo, deste modo, a qualidade destes produtos vínicos e dando a conhecer os aspectos sócio-culturais das regiões de viticultura de montanha”.

Os resultados já foram divulgados e foram atribuídas 3 Menções Especiais, 64 Medalhas de Ouro e 95 Medalhas de Prata. Destes prémios, dois foram atribuídos a vinhos produzidos pela Adega Cooperativa de Valpaços: Medalha de Ouro ao “Encostas do Rabaçal – Reserva 2008” e Medalha de Prata ao “Encostas do Rabaçal – Codega do Larinho 2008”.

Foi a primeira vez que aquela cooperativa valpacense concorreu ao mencionado concurso. Para obter uma medalha de ouro, os vinhos têm de ser classificados com uma pontuação mínima de 90 pontos, 85 a 89 pontos para uma medalha de prata e mais de 80 pontos para receber um diploma de participação. É também atribuída uma Menção Especial ao melhor vinho de cada categoria e uma outra ao melhor vinho produzido a partir de castas autóctones.

Dos cinco vinhos enviados para o concurso, a Adega Cooperativa de Valpaços arrecadou duas medalhas, ficando os outros três, “Ponte do Arquinho 2009”, “Espumante Bruto São Pedrinho 2006” e “Terra Quente 2008” com a pontuação de 84, 82.80 e 77, respectivamente, ou seja, muito próximos de alcançar mais prémios.

Nova direcção e novos desafios

Desde que participou na edição 2011 do Concurso Internacional de Montanha, a cooperativa valpacense tem recebido outros convites daquele país para outras participações. Contudo, conforme explicou o responsável Horácio Matosinhos, “apesar de poderem advir daí outros contactos comerciais, a deslocação é dispendiosa e numa altura de contenção de custos não nos podemos dar a esses luxos”.

Um mercado que está em fase de expansão é o angolano. Aquela ex-colónia portuguesa começou a consumir este ano, através de um parceiro da terra, o vinho valpacense e em 2011 espera-se que sejam exportados mais de 500 mil litros, o que corresponde a um volume de negócios de mais de 300 mil euros. Em negociações está também a comercialização dos produtos da Adega Cooperativa de Valpaços numa cadeia espanhola.

Recorde-se que a direcção daquela cooperativa, que conta com 1100 sócios, foi renovada recentemente. Ocupa, agora, o cargo de presidente José Manuel Vieira, sendo que o Secretário é António José Morais e o Tesoureiro António Meireles.

Cátia Mata